Desenvolvedores se juntam para formar uma ‘Indie House’ em São Paulo

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A dupla da MiniBoss, Amora Bettany e Pedro “Santo” Medeiros, resolveu se juntar a Lucas Carvalho, da Alpaca Team, na mesma casa e, assim, formar uma “Indie House” de desenvolvedores brasileiros.

Para quem nunca ouviu falar de uma “Indie House”, é algo que pode ser comparada com uma república de faculdade, “mas provavelmente menos caótica”, fala Amora, em rápida entrevista ao Kotaku. “A diferença é que estamos os três no mesmo barco, trabalhamos de maneira independente e fazemos projetos o tempo todo, mas é tudo como uma casa normal”, diz Lucas Carvalho.

Algo que já é comum em lugares em que a cena indie é bastante forte, como Canadá e Estados Unidos, uma Indie House pode ser muito mais do que uma simples casa para a moradia de desenvolvedores independentes. O local pode servir, principalmente, como um catalizador para organização e criação de projetos em que eles estão envolvidos. “A ideia de morar com outros desenvolvedores é muito atraente, porque a energia de um acaba contagiando o outro”, fala Amora. “O maior intuito de fazer a nossa Indie House é produzir mais”, completa.

Amora e Santo já tiveram a experiência de estar em uma Indie House no ano passado, quando foram para o Canadá e passaram três meses na casa de outros desenvolvedores do local, entre eles o criador de TowerFall, Matt Thorson. Lá, eles finalizaram a versão TowerFall Ascension. “Vimos que é uma coisa que realmente funciona”, afirma Amora.

Desde então eles planejavam fazer algo parecido aqui no Brasil e a oportunidade finalmente surgiu agora, com a mudança de Lucas Carvalho – já amigo da dupla – de Campinas, no interior de São Paulo, para a capital paulista. “Acabou que o timing de eu ir pra SP meio que casou com o deles de sair das respectivas casas e a gente achou um lugar bacana (no bairro da) Liberdade pra nós três”, conta Lucas. Por enquanto, o trio ainda está nos preparativos finais para formar a Indie House.

Amora, Santo (MiniBoss) e Lucas Carvalho (Alpaca) vão formar a Indie House

Quando Amora e Santo moraram na indie house no Canadá, eles dividiram a casa com outras cinco pessoas, todos também desenvolvedores. Na indie house daqui, tanta gente morando no mesmo teto não será possível por causa das acomodações limitadas. “São apenas dois quartos, mas o lugar é bem espaçoso e nós esperamos que nossos amigos venham visitar bastante e trabalhar junto por vários dias seguidos”, diz a desenvolvedora.

Agora, com um lugar como esse, não tenho dúvidas de que as Game Jams dos indies brasileiros não serão mais as mesmas.

Projetos na Indie House

É claro que muitos jogos podem surgir na indie house, mas Lucas Carvalho explica que, apesar de estar na mesma casa que a dupla da MiniBoss, ela e a Alpaca (que também é formada por outros dois desenvolvedores) vão continuar existindo separadamente. “Eu tenho uns frilas e projetos pessoais pra cuidar sempre e a mesma coisa acontece com os meninos”, fala.

Mesmo assim, projetos em conjunto do trio são inevitáveis de acontecer, principalmente com a característica da MiniBoss de fazer jogos em parceria. “A MiniBoss virou mais um selo do que uma organização, a gente faz jogos com todo mundo”, fala Amora. “No momento eu estou participando de dois jogos junto com a Amora e o Santo e eu espero que a gente tenha mais ideias malucas ao morar juntos”, completa Lucas.

Se jogos como TowerFall Ascension saíram de indie houses, vamos esperar para ver como serão os primeiros frutos da iniciativa brasileira. Pela qualidade dos trabalhos da MiniBoss e da Alpaca Team, os resultado da nova empreitada do trio devem ser bastante promissores.

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