Aprenda a programar em apenas um ano com a Codecademy

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Em qualquer lista de profissões do futuro, lá estão os cargos destinados às pessoas com conhecimento de programação de sites, softwares e aplicativos móveis. A demanda cresce cada vez mais, mas ganhar proficiência nesse tipo de linguagem exigia até hoje uma imersão grande em livros e sites pouco didáticos e difíceis para quem não tem pelo menos algumas noções básicas da arquitetura da internet e da tecnologia no geral.

É justamente isso que espera mudar a Codecademy, uma startup fundada em Nova York e que quer democratizar programação. Fundada por dois ex-colegas da universidade de Columbia, Zach Sims e Ryan Bubinski, a empresa já angariou US$ 12,5 milhões em fundos de capital para expandir seu curso gratuito de ensino de código e traduzi-lo para outras línguas além do inglês.

A companhia promete ensinar os padrões básicos das principais linguagens – HTML, CSS e JavaScript - em um plano de um ano, o chamado Code Year. Trata-se de um método inovador, que usa conceitos extraídos dos games para manter a atenção dos alunos e que pode finalmente tirar esses conhecimentos do gueto técnico.

O método da Codecademy é mais interativo e divertido do que as opções que já existiam no mercado, adotando conceitos da chamada 'gamificação' como a distribuição de badges ao final de cada lição e outras estratégias de engajamento. Até o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, anunciou que se tornaria aluno.

Reprodução

O software desenvolvido introduz o mundo da tecnologia da informação na prática, pedindo ao aluno que realize pequenas tarefas para se familiarizar com a escrita de código e que o faça no seu próprio ritmo.

Os dois fundadores da empresa acreditam que todos, mesmo aqueles que não esperam trabalhar com internet, deveriam saber ao menos os conceitos principais da construção da web. Como a internet não parece que abrirá espaço para outra rede de comunicação tão cedo, resta-nos programá-la ou sermos programados.

"Escrever código é uma alfabetização para o século 21", afirma Zach Zims, co-criador do projeto, na entrevista ao Olhar Digital que você lê abaixo:

Quando e por que vocês decidiram abrir a Codecademy? Qual a situação atual da companhia?

A companhia foi fundada em agosto de 2011. Desde então, conseguimos levantar US$ 12,5 milhões de financiadoras como Union Square, Kleiner Perkins, Index Ventures e outras, e hoje empregamos dez pessoas full time. Milhões de pessoas já se cadastraram para participar dos nossos cursos.

Como se deu a criação do software de ensino? Nós mesmos desenvolvemos o método. Queríamos criar uma experiência mais interessante e que prendesse mais as pessoas.

Começamos a empresa para resolver os nossos próprios problemas. Eu estava aprendendo a programar e quando comecei a trabalhar em alguns projetos com o Ryan, que já havia ensinado código na época que ambos éramos estudantes de Columbia.

Criamos a Codecademy porque eu queria construir uma melhor experiência de aprendizado para mim mesmo e uma melhor experiência de ensino para o Ryan.

Por que vocês consideram necessário que qualquer pessoa, mesmo aquela que não é particularmente interessada em internet, deva aprender código?

A programação faz as pessoas descobrirem o pensamento o algorítmico – e isso é bem maior do que só aprender código. Isso significa pensar na vida como um programa e nos meios de hackeá-la, torná-la mais simples e usar o raciocínio crítico.

Além disso, saber programação permite que a pessoa se torne uma empreendedora e também a encontrar mais oportunidades de trabalho.

O site continuará gratuito ou vocês têm planos de criar especializações pagas?

No momento, não pensamos nisso, queremos manter o site gratuito. Estamos focados em criar um melhor processo de aprendizado para os nossos usuários e expandir nossas atividades.

Vocês planejam traduzir mais cursos para o português?

Temos muitos usuários brasileiros e já contamos com alguns cursos traduzidos para o português, está nos nossos planos ampliar isso. Todas as nossas traduções são feitas pelos próprios usuários, então, se você que está lendo essa entrevista quiser nos ajudar, mande-nos um e-mail ou fale conosco através do site.

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