Novas maneiras para recarregar o celular

Bateria de celular é um drama que todo mundo enfrenta. Por quê? Porque essa belezinha acaba sempre quando a gente mais precisa ou sempre quer que ele funcione para alguma coisa.

E se o seu celular pudesse se autocarregar, ou mesmo conseguir essa proeza fora da tomada? Fomos atrás de alguns projetos já criados ou prontos para serem comercializados que você pode encontrar por aí:

#1 – A capa que recarrega o celular com as próprias ondas

Esse é o conceito base da tecnologia que a Nikola Labs desenvolveu, com capas para iPhone que usam as próprias ondas emitidas pelo celular para recarregar a bateria do aparelho – ainda não completamente, mas proporcionando até 30% a mais de duração. A capinha da empresa possui um pequeno transistor próximo à antena interna do aparelho que capta ondas que não são utilizadas na comunicação, o que, Zell também garante, não atrapalham em nada a comunicação com o aparelho.

A Nikola Labs tem o projeto de arrecadação aberto no Kickstarter com pedido de financiamento de US$135 mil, mas com poucos dias para terminar – 6, quando essa matéria foi escrita – o projeto mal chegava à metade.

#2 – Um refri para o seu celular

Daizi Zheng é uma pesquisadora de novas maneiras para se economizar recursos naturais com geração de subprodutos ‘bons’. E uma de suas pesquisas está sendo conduzida para a Nokia com o nome de ‘Green Phone’.

Zheng desenvolve uma bio-bateria que funciona basicamente como o fermento do pão e do bolo: usando açúcar para ‘fazer a massa crescer’, ou gerar energia. A ideia é um pequeno recipiente acoplado ao celular que pode ser cheio com qualquer bebida que contenha açúcares e carboidratos. Não é especificado de que maneira essas substâncias são absorvidas e transformadas, mas elas viram energia para o celular e uma única recarga dessas é equivalente a até 4 baterias comuns de lítio. Como subproduto, resta apenas água e oxigênio, e a própria bio-bateria é biodegradável.

#3 – A energia vem do movimento

O Ampy Move é a alternativa perfeita para a geração saúde. Para carregar a bateria, basta você se mexer. O carregador do Ampy é um dispositivo à parte, do tamanho de um baralho, com vários magnéticos dentro de uma serpentina. Conforme você se movimenta, esses magnéticos geram energia e podem acumular o suficiente para recarregar completamente um smartphone – que deve ser conectado à bateria do Ampy para drenar essa energia. A equivalência de abastecimento é de 1 -1: uma hora de movimento recarrega uma hora na bateria. É um bom incentivo para você levantar do computador porque ‘bateria já vai acabar’.

#4 – Um ‘bronzeado’ que rende carga

A francesa SunPartner Technologies já aposta em uma nova aplicação para acumular energia solar ou mesmo artificial: através de uma película com células que guardem essa energia. O conceito pode não ser novo, mas o grande diferencial aqui é a película criada pela empresa, chamada WYSIPS Crystal (What You See Is Photovoltaic Surface, ou O Que Você Vê é Uma Superfície Fotovoltaica) que fica entre a tela de vidro e a tela de touch, tornando a ‘bateria extra’ completamente imperceptível e já acoplada ao aparelho. O porém aqui é que a tecnologia é incapaz de recarregar um celular completamente descarregado.

Segundo a fabricante, eles já vêm trabalhando em parceria com a fabricante de celulares Kyocera e devem lançar produtos com a nova tecnologia já em 2016.

#5 – Carregando na manivela

Uma ideia que parece legal mas que nunca vai muito adiante são aquelas baseadas em dínamos, que exigem um esforço contínuo e geralmente chato do usuário para gerar energia. O Roto Charger da indiana IdeaForge, usava uma manivela para recarregar o celular. O custo deste aparelho foi bem atrativo, de US$7 dólares, mas os criadores não souberam como aumentar o rendimento do conceito, visto que um minuto girando a manivela rendia apenas 3 minutos de celular em conversa – e isso em 2010, quando ele foi lançado. Imagine hoje em dia para dar conta de um smartphone e suas trocentas funcionalidades.

Bem, estas são apenas algumas ideias e maneiras menos agressivas ao meio ambiente e até mais eficazes de recarregar o celular sem gastar energia elétrica. Existem diversas outras, como baterias que recarregam com o pedalar da bicicleta, o calor da panela, com um captador de energia eólica, e por aí vai. Mas, assim como os carros elétricos que ainda brigam por espaço nas residências e espaços comerciais, será que as pessoas vão realmente aderir à alguma maneira eco-amigável? Em qual destas vai a sua aposta?