Desenvolvedores brasileiros dão jogo grátis para divulgar crowdfunding da sequência
“(O jogo) vai ficar de graça até ser aprovado no Greenlight e a campanha de financiamento para a sequência ser bem sucedida. Depois disso a versão de 100 níveis será a demo oficial para o jogo”, explica o game designer e CEO da Awoke Games, Sérgio Alonso, ao Kotaku.
Phoenix Force é um shoot’em up ao estilo do clássico Ikaruga, visão de cima e com várias coisas acontecendo ao mesmo tempo. No lugar das naves, o jogador controla as mitológicas aves fênix. Outra particularidade do jogo é que as fases são todas batalhas diretas contra chefes, dos mais diversos tipos.
Se o conceito de só enfrentar chefes lembrou um Shadow of the Colossus, Sérgio revela que muita da influência para Phoenix Force veio de outro jogo, que não tem nada a ver com o gênero shoot’em up. “(Fui) inspirado na dificuldade de Dark Souls e nas batalhas de chefões”, diz. É o jogo da From Software expandindo suas almas negras para os locais pouco imaginados.
Já para a sequência, além de novos níveis, chefes e melhorias no visual, a principal novidade será nos componentes de cooperação com outros jogadores e elementos online, como o subtítulo “Multiplayer” deixa bem claro. “Eu quero levá-lo para o próximo nível com personalização de fênix, editor de níveis, multiplayer co-op, mundo não-linear e retenção do jogador por meses”, diz o desenvolvedor.
Sérgio fala que modos como um dos jogadores controlando um chefe e outro a fênix, além de dois jogadores com suas fênix contra um chefe estão nos planos para a sequência. “Phoenix Force 2 será um jogo um tanto ambicioso”, diz. Por isso mesmo, eles optaram por uma campanha de financiamento coletivo para torná-lo realidade.
Campanhas que ressurgem das cinzas
Para poder desenvolver a sequência de Phoenix Force, a Awoke Games vai iniciar uma campanha no Kickstarter em alguns dias. Porém, essa será a segunda tentativa de campanha de crowdfunding para o projeto.
O desenvolvedor acredita que pelo Kickstarter ter mais usuários e que procuram mais novos projetos, a campanha de Phoenix Force 2 por lá pode ter mais sucesso.
Além disso, o estúdio também vai mudar algumas abordagens na nova campanha. A primeira delas é diminuir drasticamente o valor pedido. “No lugar de uma única meta de US$ 30 mil, vamos colocar 6 metas: a primeira é de US$ 5 mil, e a última, de US$ 30 mil”, fala.
A mudança nas metas, porém, também pode resultar em algo diferente de uma sequência para o jogo. Sérgio fala que as duas primeiras metas no Kickstarter serão para implementar duas expansões para o Phoenix Force 1. “As quatro últimas, as features do Multiplayer em pacotes separados”, completa.
Fazendo jus ao nome do jogo, Phoenix Force pode até morrer, mas sempre vai tentar reviver de alguma forma e a salvadora do jogo brasileiro pode ser ninguém menos que a Microsoft.
Sérgio Alonso conta que o primeiro Phoenix Force só existe por causa da dona do Xbox, que possui um programa de aceleração de desenvolvimento de apps para Windows Phone (que também ajuda com dinheiro e divulgação) chamado AppCampus. “Eu me inscrevi e graças ao jogo de mini games que a Awoke fez anteriormente, fui aceito com o prêmio de 20 mil euros”, fala.
A ideia do estúdio é tentar entrar no programa mais uma vez com Phoenix Force 2. Mesmo assim, Sérgio diz que ter o jogo financiado pelo Kicksatrter vai ser essencial. “Vou levar essa proposta para a Microsoft assim que abrirem o próximo período de inscrições, mas antes quero obter aprovação e interesse do mercado, e uma forma de obter os dois é através de uma campanha de crowdfunding”, explica.
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